quarta-feira, 31 de maio de 2006

Execuções

Pois é... Mais um pouquinho desta estória triste.

Execuções

Ouvidoria da Polícia quer investigação de grupos de extermínio Ouvidoria quer apuração de cinco casos de assassinatos na Grande São Paulo cometidos por elementos encapuzadas que podem pertencer às corporações policiais. A solicitação foi feita às corregedorias das polícias Civil e Militar. Negando saber da existência de esquadrões da morte em SP, ouvidor deve avaliar caso de policiais com camiseta da escuderia Le Cocq. Verena Glass - Carta Maior São Paulo – As denuncias da ação de supostos grupos de extermínio formados por policiais em São Paulo levou a Ouvidoria da Policia do Estado a solicitar, nesta segunda (22), que o IML priorize a perícia de 12 corpos, vitimas de cinco ataques executados por homens encapuzados portando armamentos pesados. Por não terem os autores conhecidos, os casos não estão na lista dos laudos solicitados pelo Ministério Público, que avaliará apenas aqueles onde há comprovação de autoria de policiais. O ouvidor Antonio Funari Filho também solicitou às corregedorias das polícias Civil e Militar que abram inquéritos em suas corporações para investigar os casos. Concretamente, segundo Funari, o que existe por enquanto são apenas “cinco denúncias de casos concretos de violência covarde”, cometida por “elementos usando máscaras ninja e portando armamento pesado” no Jaçanã, em São Mateus, em Guarulhos, no Parque Bristol e no Parque São Rafael. Mas existem indícios de que há envolvimento de policiais nessas ações, principalmente por conta do armamento usado, afirma Funari. Nesta segunda, o ouvidor também se reuniu com o secretário de Segurança do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, e solicitou a intervenção de policiais especializados em crime organizado para inibir a “organização de outros criminosos, policiais ou não”. Escuderia Le Cocq A presença de dois homens vestindo camisetas com os dizeres “Scuderie Detetive Le Cocq, esquadrão da morte, Brasil” em uma audiência na Assembléia Legislativa no último dia 16 ainda não foi investigada pela ouvidoria, que teria recebido informações que ambos eram agentes penitenciários e, portanto, objetos para a ouvidoria penitenciária. De acordo com o depoimento à Carta Maior de um jornalista (que preferiu não ser identificado) e que conversou com um dos rapazes, porém, os dois são policiais. “Um deles disse que a camiseta era apenas uma brincadeira e não quis conversa, mas o outro confirmou que havia um movimento na polícia de organização de um novo esquadrão da morte, não como o que agia durante o período da ditadura militar, mas algo parecido. Segundo o policial, que disse ter 24 anos e estar há quatro na corporação, não adiantaria esperar autorização dos superiores para vingar a morte dos policiais assassinados pelo PCC”. Segundo o jornalista, a impressão que teve é que “são jovens com muita raiva, que se sentem excluídos e sem proteção, abandonados pelos chefes e que querem assumir por conta própria o fazer justiça pelos colegas". Afirmando desconhecer a existência ou a organização de esquadrões da morte ou de extermínio em São Paulo nos últimos anos, o ouvidor Antonio Funari disse que poderá averiguar o policiais a partir desta denuncia. Como a ouvidoria só atua em casos de denuncia, Funari pede à população que encaminhe ao órgão qualquer indício de execução possivelmente cometida por policiais através de sua pagina eletrônica, www.ouvidoria-policia.sp.gov.br .

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